Os créditos de carbono são um instrumento econômico que permite compensar as emissões de CO2 de uma atividade econômica, empresa ou país – contribuindo, com isso, para o controle ou redução do aquecimento global, bem como o financiamento de projetos de preservação florestal e ambiental.
O conceito de créditos de carbono surgiu em 1997, com o Protocolo de Kyoto (assinado por 84 países durante a Terceira Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-3). Os créditos de carbono atestam que uma empresa, ONG, Estado ou proprietário de terras conduz atividades que absorvem CO2 da atmosfera, ou evitam a emissão dele. Isso inclui a conservação de florestas ou mangues, por exemplo, ou o reflorestamento de áreas desmatadas. A geração de energia limpa também pode gerar créditos de carbono.
Os créditos de carbono são emitidos por esses agentes econômicos, e verificados por entidades certificadoras. Em seguida, são colocados à venda, podendo ser adquiridos por empresas e Estados que desejem (ou precisem, por demandas regulatórias) compensar suas próprias emissões de CO2.
Os recursos arrecadados com a venda dos créditos de carbono podem ser utilizados para manter e ampliar projetos de preservação ambiental – num círculo virtuoso, que potencializa a retirada de CO2 da atmosfera ao mesmo tempo em que gera mais créditos.
Dessa forma, mais do que equilibrar a emissão e a absorção de CO2, evitando o agravamento do aquecimento global, o mercado de créditos de carbono pode contribuir para uma diminuição líquida no teor de CO2 atmosférico, ajudando a humanidade a alcançar as metas de redução necessárias para evitar um colapso ambiental no futuro.