Para emitir um crédito de carbono, ao menos em teoria, não basta um projeto dizer que está reduzindo ou sequestrando carbono da atmosfera. Ele precisa provar que tem um efeito ‘adicional’, ou seja, que provoca um impacto que não existiria na ausência do incentivo dado pelo crédito de carbono. As metodologias das principais certificadoras exigem essa comprovação de adicionalidade. As metodologias das principais certificadoras exigem essa comprovação de adicionalidade. É uma questão complexa e que gera muita controvérsia, mas dá para ilustrar o conceito com um exemplo real. No começo da década passada, os projetos de energia renovável, como eólica e solar, só faziam sentido econômico com a receita vinda dos créditos de carbono. Não fosse essa receita, eles não sairiam do papel. Mas, com o tempo, a tecnologia se aperfeiçoou, ganhou escala e hoje em boa parte do mundo esses projetos são mais competitivos que outros poluentes. Resultado: hoje é bem mais difícil que uma certificadora aceite que uma planta de energia eólica ou solar emita créditos no mercado voluntário, especialmente nos países desenvolvidos.